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Moro candidato, uma grande dor de cabeça para o ex-capitão

Moro candidato, uma grande dor de cabeça para o ex-capitão

Em pesquisa, o ex-juiz aparece numericamente à frente de Ciro Gomes

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A coincidência não foi boa para o ex-juiz Sergio Moro. No dia em que ele praticamente se lançou como aspirante a candidato à Presidência da República, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, ordenou a ex-procuradores da Operação Lava Jato que devolvam dinheiro recebido irregularmente.

O modelo da força-tarefa da Lava Jato previa o pagamento de passagens e de diárias pela permanência dos procuradores em Curitiba. Dinheiro público usado ilegalmente. A ação judicial aos cuidados de Dantas poderá tornar inelegível o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, que como Moro quer ser candidato.

A boa notícia para o ex-juiz foi a pesquisa Quaest de intenção de votos que o pôs em terceiro lugar, numericamente à frente de Ciro Gomes (PDT) na disputa pela vaga de Bolsonaro. Segundo a sondagem, há espaço para um eventual candidato, nem Bolsonaro nem Lula, como dizem preferir 25% dos entrevistados.

No ato de filiação ao Podemos, em Brasília, Moro criticou Lula e Bolsonaro sem citar o nome dos dois. Valeu-se de um velho truque de marketing ao afirmar: “O Brasil não precisa de líderes que tenham a voz bonita, precisa de líderes que ouçam a voz do povo”. Se falarem mal de sua voz fanhosa, ele falou primeiro.

O ponto forte do seu discurso foi a corrupção. Dá-se que ela está quase na lanterna das aflições dos brasileiros. É a economia, não a corrupção como foi em 2018, que decidirá a eleição do ano que vem. Experiência administrativa também pesará. Ela falta a Moro e sobra em Lula e em Ciro. Faltava em Bolsonaro, e deu nisso aí.

Moro poderá firmar-se como o candidato da terceira via? Por que não? Certo desde já é que funcione como uma trava a impedir o crescimento de outros candidatos. Moro tem pouco a perder se atravessar os próximos meses na boca das pessoas. Se não der, resta candidatar-se ao Senado. Nada mal O Senado é o céu!

Por enquanto, Lula não tem porque preocupar-se com ele. Seu eleitorado cativo não quer saber de Moro. O de Bolsonaro, sim, pode querer saber.

fonte: https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/

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