Documentarista Gabriel Chaim visita destroços na fronteira entre Israel e Faixa de Gaza
Primeiro jornalista brasileiro a ir à região do conflito registrou imagens de dentro da área controlada pelo exército israelense.
Por Fantástico
Gabriel Chaim, fotógrafo e correspondente de conflitos — Foto: Acervo pessoal
O documentarista Gabriel Chaim foi o primeiro brasileiro a entrar na Faixa de Gaza durante a guerra entre Israel e Hamas. Ele conseguiu permissão com o exército israelense para visitar os destroços na fronteira exatamente na semana em que dois soldados sequestrados pelo Hamas foram resgatados sem vida.
Chaim esteve no Norte de Gaza, na fronteira de Erez. De lá, foi possível ver a destruição no exato local que era o único ponto de passagem de milhares de palestinos que trabalhavam em Israel. O Ministério da Defesa de Israel disse que só em 2022, mais de 800 mil pessoas passaram pela região.
Uma base militar visitada por Chaim foi alvejada pelos ataques iniciados em 7 de outubro. As salas e os locais de acesso ficaram destruídos. O coronel Moshe Tetro relatou o ataque e admitiu o incômodo de retornar ao local onde trabalhava, ao vê-lo destruído.
“Eles atiraram morteiros pelo teto, mísseis e granadas de mão. Não é fácil para mim ficar aqui nesse local, que era onde eu trabalhava”.
Dois jovens soldados que trabalhavam no posto de fronteira foram sequestrados pelos terroristas no dia do início do conflito. Eles foram localizados nesta semana, após terem sido mortos pelo Hamas. Seus corpos foram levados para Israel.
Chaim visitou um dos túneis que os terroristas utilizaram para chegar até o posto de fronteira que atacaram. O setor de inteligência israelense já havia identificado a estratégia de usar os túneis, mas a estrutura visitada pelo documentarista estava coberta de areia e só foi localizada recentemente.
O jornalista e fotógrafo brasileiro entrou no túnel seguindo as orientações do exército de Israel, com outros profissionais da imprensa. Este foi o maior túnel descoberto até agora, com mais de 4km de extensão. Atualmente, o local é protegido por militares pelo lado de fora.
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