Por Herbert Lins

O Centro Carter é uma organização não governamental, fundada em 1982 pelo ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, por sua vez, administrado até os dias atuais por um Conselho de Curadores, composto por líderes empresariais, educadores, ex-funcionários do governo e filantropos. O objetivo do centro é promover os direitos humanos, a defesa da democracia e aliviar o sofrimento humano, incluindo ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas em mais de 80 países. Além disso, também trabalha na observação e monitoramento de processos eleitorais. Vale lembrar que o ditador Nicolas Maduro (PSUV) e os opositores haviam assinado em 2023 o acordo de Barbados, em que o governo venezuelano se comprometia a garantir a eleição presidencial e a aceitar o resultado das urnas. Como consequência do acordo, os Estados Unidos relaxaram as sanções econômicas contra os setores de gás, mineração e petróleo controlados pelo governo. Mas tudo mudou quando as primárias da oposição foram declaradas ilegais e foram emitidos mandados de prisão contra defensores de direitos humanos, jornalistas e opositores. Isso levou o governo americano a reimpor as sanções no início deste ano. Um novo acordo foi assinado no final de junho, mas desta vez sem o aval da coalizão de oposição, que alegou que o acordo original já havia sido descumprido pelo governo. Recentemente, Maduro cancelou o convite a uma missão da União Europeia para monitorar o processo eleitoral na Venezuela. Já o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, cancelou o envio de dois representantes para acompanhar as eleições na Venezuela após Maduro dizer que as eleições no Brasil não são auditadas. A ONU e o Centro de Estudos Americano Carter foram chamados por Maduro, mas com capacidade limitada para acompanhar a contagem dos votos. Os analistas dos referidos órgãos, em documento oficial, afirmaram que o processo eleitoral não teve condições justas de competição.