Sérgio Pires

Por falar em água, a Caerd continua na sua batalha quase inglória para alertar os consumidores dos riscos de desabastecimento de água, por causa da seca. Os apelos da empresa, avalizados em campanhas do Governo do Estado, não estão sensibilizando muita gente. O que se vê, em algumas áreas de Porto Velho, é gente lavando seus carros e suas calçadas com água abundante, como se nada estivesse acontecendo. Empresa praticamente quebrada, com dívida de mais de 1 bilhão de reais, a Caerd começa a se recuperar, lentamente, depois de chegar aos 40 anos, comemorados neste mês, onde foi sugada por parasitas, apaniguados políticos por, pelo menos três quartos da sua existência. Agora, na crise hídrica, ela volta a se comunicar com mais força com a população, pedindo economia no consumo da água, que pode sumir das torneiras daqui a pouco, caso não haja cuidados especiais para controlar e diminuir o exagero. Além disso, por bom senso, a direção da empresa decidiu não fazer gastança para comemorar o quadragésimo aniversário, até porque cada centavo economizado é vital para a sua recuperação. A Caerd ainda respira, mesmo que por aparelhos, mas se tivesse sido administrada pelo menos metade da sua história da forma correta como está sendo agora, certamente teria como se recuperar e ser a grande empresa de água e esgoto dos rondonienses.