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PIB dos EUA tem queda de 0,3% nos primeiros meses do mandato de Trump

PIB dos EUA tem queda de 0,3% nos primeiros meses do mandato de Trump

Presidente diz que resultado não tem nada a ver com seu tarifaço. Ele acaba de completar 100 dias no cargo, em meio a crescente desaprovação dos americanos em relação à sua gestão da economia

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Por G1

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre, após aumentar 2,4% nos últimos três meses de 2024, de acordo com dados preliminares do Departamento do Comércio dos EUA.

A taxa anualizada mostra como a economia cresceria em um ano se o ritmo atual for mantido. Essa medida é usada para facilitar a comparação com o crescimento de outros períodos.

O resultado contraria as primeiras expectativas dos analistas, que previam uma alta de 0,3% para o período, e foi puxado por uma grande quantidade de bens importados por empresas que queriam evitar custos mais altos da política de tarifas anunciada pelo presidente dos EUA.

A pesquisa, porém, foi concluída antes da divulgação do Censo do Departamento de Comércio dos EUA, na terça-feira (29). O documento apontou um déficit comercial (ou seja, importações maiores do que exportações) em março, à medida que as empresas intensificaram os esforços para comprar mercadorias do exterior antes que as tarifas de Trump passem a valer.

Trump, que acaba de completar 100 dias no cargo, tem visto crescer a desaprovação dos norte-americanos sobre sua gestão à frente da maior economia no mundo. Trump venceu as eleições em novembro passado devido à angústia dos eleitores, especialmente sobre a inflação.

Como mostrou a Reuters, a confiança do consumidor está próxima dos níveis mais baixos em cinco anos e o sentimento empresarial despencou. As companhias aéreas citam incerteza devido às tarifas, e economistas alertam que elas aumentarão os custos para empresas e famílias.

Apesar de Trump ver as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita das contas públicas norte-americanas, compensar os cortes de impostos prometidos durante sua campanha e reviver a economia dos EUA, que está em declínio há muito tempo, os indicadores não trazem perspectivas tão otimistas.

Nesta quarta-feira, Trump afirmou que a contração da economia americana "não tem nada a ver" com as suas tarifas sobre importações e que os índices vão prosperar quando elas entrarem em vigor.

"Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do 'excesso' de Biden", escreveu Trump nas redes sociais.

"Isso levará um tempo, não tem NADA A VER COM TARIFAS, apenas que ele nos deixou com números ruins, mas quando o boom começar, será como nenhum outro. SEJAM PACIENTES!!!", completou.

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